Obesidade mórbida

As razões para a obesidade são diversas e complexas.
Apesar da ciência convencional, a obesidade não é simplesmente um resultado de alimentação excessiva.

Pesquisas têm demonstrado que, em muitos casos uma causa significativa e fundamental da obesidade mórbida é a genética. Estudos demonstraram que, uma vez estabelecido o problema, esforços como programas de dieta e exercícios muito pouco adiantam proporcionar um alívio eficaz em longo prazo. A ciência continua pesquisando outras respostas. Mas até que a doença da obesidade mórbida seja entendida melhor, o controle do peso excessivo é algo com o que os pacientes devem lidar durante a vida toda.

Por isso, muito importante entender que todas as intervenções médicas atuais, incluindo a cirurgia para perda de peso, não devem ser consideradas curas médicas. Ou melhor, são tentativas de redução dos efeitos do peso excessivo e alívio de sérias conseqüências físicas, emocionais e sociais provenientes da obesidade mórbida.

Fatores que contribuem para obesidade mórbida

As causas fundamentais da Obesidade Mórbida são desconhecidas. Há muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade, incluindo transtornos genéticos, hereditários, ambientais, metabólicos e alimentares. Há também determinadas condições médicas que podem resultar em obesidade, como o consumo de esteróides e hipotiroidismo.

  • Hipertensão arterial
  • Doenças cardiovasculares
  • Doenças cérebro-vasculares
  • Diabetes Mellitus tipo II
  • Câncer
  • Osteoartrite
  • Coledocolitíase

Fatores genéticos

Vários estudos científicos estabeleceram que os genes têm um papel importante na tendência de ganhar peso excessivo.

  • O peso do corpo de crianças adotadas não apresenta correlação com o peso do corpo de seus pais adotivos, que os alimentam e ensinam como comer. Na verdade, seu peso tem uma correlação de 80% com seus pais genéticos, que eles nunca encontraram.
  • Gêmeos idênticos, com os mesmos genes, apresentam uma similaridade muito maior de peso corporal que gêmeos fraternos quem têm genes diferentes.
  • Certos grupos de pessoas, como a tribo de índios Pima, no Arizona possuem uma incidência muito alta de obesidade severa. Eles têm índices maiores de diabetes e doenças cardíacas do que outros grupos étnicos.

Provavelmente, temos diversos genes diretamente relacionados ao peso. Assim como alguns genes determinam a cor dos olhos ou altura, outros afetam nosso apetite, nossa capacidade de nos sentirmos cheios ou satisfeitos, nosso metabolismo, nossa capacidade de armazenar gordura e até nossos níveis naturais de atividade.

O paradoxo de Pima

Os índios Pima do Arizona são conhecidos nos círculos científicos como um dos grupos de pessoas que apresentam peso mais elevado no mundo. Na verdade, os pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) os têm estudado há mais de 35 anos. Alguns adultos pesam mais de 250 kg e muitos adolescentes obesos estão sofrendo de diabetes, a doença com maior freqüência associada à obesidade mórbida.

Mas veja a seguir um fato realmente interessante – um grupo de índios Pima, que vive em Sierra Madre, no México, não tem problemas com a obesidade e suas doenças relacionadas. Por quê não?

A teoria afirma que, após muitas gerações de vida no deserto, enfrentando escassez absoluta de recursos, os índios Pima mais bem sucedidos foram os que possuíam genes que os ajudaram a armazenar o máximo de gordura possível, durante o tempo em que haviam alimento disponível. Hoje, os genes que armazenam gordura trabalham contra eles.

Embora as duas populações consumam um número similar de calorias por dia, os índios Pima Mexicanos ainda vivem mais, assim como seus ancestrais. Eles dedicavam 23 horas por semana para atividades físicas e consumiam uma dieta tradicional, muito baixa em gordura. Os índios Pima do Arizona vivem como a maioria dos demais americanos modernos; consumindo uma dieta que consiste em aproximadamente 40% de gordura, e participando de atividades físicas apenas durante duas horas por semana.

Aparentemente, o grupo Pima tem uma predisposição genética para ganhar peso. E o ambiente em que vivem – o ambiente em que a maioria de nós vive – torna-se quase impossível manter um peso corporal normal e saudável para os índios Pima do Arizona.

Fatores ambientais

Os fatores ambientais e genéticos estão muito ligados. Se você tiver uma predisposição genética para obesidade mórbida, o estilo de vida moderno e o meio ambiente podem dificultar ainda mais seu controle do peso.

“Fast Food”, longos períodos do dia sentado em uma escrivaninha e morar em bairros distantes, o que requer o transporte em veículos, tudo isso reforça os fatores hereditários, como metabolismo e armazenamento de gordura.

Em geral, para quem sofre de obesidade mórbida, qualquer coisa, uma mudança total de ambiente, atrapalha atingir e manter um peso corporal saudável.

Metabolismo

Costumávamos pensar no ganho ou perda de peso somente como uma função de calorias ingeridas e, em seguida, queimadas. Consumir mais calorias do que queimá-las, faz você ganhar peso; queimar mais caloria do que ingeri-las, faz você perder peso. Mas agora sabemos que essa equação não é tão simples assim.

Pesquisadores em obesidade agora falam sobre uma teoria chamada de “set point” (ponto de ajuste), um tipo de termostato no cérebro, que torna as pessoas resistentes ao ganho ou perda de peso. Se tentar ignorar seu ponto de ajuste, cortando drasticamente sua ingestão de caloria, seu cérebro responde abaixando o metabolismo e reduzindo velocidade da atividade. Então, você ganha de volta qualquer peso que tiver perdido.

Transtornos alimentares

A cirurgia para perda de peso não é uma cura para os transtornos alimentares ou obesidade mórbida. E há condições médicas, como hipotiroidismo, que podem causar o ganho de peso. Por isso, é importante trabalhar junto com seu médico, para assegurar que você não apresente uma condição que deva ser tratada com medicamento e aconselhamento.

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