O que é a obesidade?

A obesidade resulta do acúmulo excessivo de gordura que excede aos padrões estruturais e físicos do corpo.

A Obesidade é reconhecida hoje como importante problema de saúde pública. É doença crônica, progressiva, fatal, geneticamente relacionada e caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura e desenvolvimento de outras doenças (co-morbidades).

Os dados atuais são preocupantes: o número de obesos no Brasil e no mundo tem aumentado com muita rapidez.

Um estudo comparativo do Setor de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP mostrou que, em apenas duas décadas (entre 1974 e 1997), o número de pessoas obesas no Brasil quase triplicou. Outra pesquisa, feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), indicou que o aumento da obesidade é um problema que atinge dezenas de países.

Mas se quem é obeso sofre com o excesso de peso e sabe que a obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer, por que esse número cresce cada vez mais?

A obesidade é uma doença que depende de vários fatores para se desenvolver: a genética da pessoa, fatores culturais e étnicos, sua predisposição biológica, estilo de vida e hábitos alimentares.

As pessoas, no entanto, engordam por uma simples questão: consomem mais calorias do que gastam. Em outras palavras, não se alimentam de forma equilibrada e muitas levam uma vida sedentária. Se o corpo não usa a energia que ingeriu, por meio de atividades físicas, essa energia se transforma em gordura e se acumula no corpo, causando o aumento de peso.

Como a perda de peso é algo que requer muita força de vontade e disciplina, melhor do que combater, é prevenir a obesidade. E o cuidado começa já na infância.

Acima do peso vs. Obesidade

Mas qual é, afinal, a diferença entre “estar acima do peso” e “ser obeso”? A obesidade é um excesso de gordura na composição do corpo, mas só pode ser chamada assim quando mais de 20% da massa corporal total for constituída por gordura (30% no caso das mulheres). Quem se encontra nessas condições, têm a saúde comprometida e corre o risco de contrair diversas doenças, como as cardiovasculares, vários tipos de câncer, diabetes e hipertensão, entre outras.

Definição e prevalência

De acordo com o “National Institutes of Health (NIH)” – Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, um aumento de 20% ou mais acima de seu peso corporal ideal significa que o excesso de peso tornou-se um risco à saúde.

Quem resiste à tentação de, ao passar por uma farmácia, dar aquela “pesadinha” na balança, para ver se os quilos aumentaram ou diminuíram? Apesar desse “controle” que as pessoas costumam fazer, as balanças do Brasil e do mundo estão recebendo, cada vez mais, pessoas acima de seu peso ideal.

O Brasil e o mundo vivem uma verdadeira epidemia de obesidade. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, cerca de 70 milhões de brasileiros – ou 40% da população – está com excesso de peso. Além disso, 13% das mulheres e 8% dos homens sofrem de obesidade em nosso país. 50% dos brasileiros estão acima de seu peso corporal ideal.

Além dos números altos, o que assusta é a rapidez com que eles cresceram. Estudos comparativos do Setor de Epidemiologia da Faculdade Pública da USP indicam que, na década de 1970, os homens obesos no Brasil somavam 2,8% da população masculina. Em apenas 23 anos, esse número quase triplicou, passando para os atuais 8%. No mesmo período, o índice feminino passou de 4,9% para 13%.

Nos Estados Unidos a situação é ainda mais preocupante: 61% da população está com o peso acima do normal, e em 2001 foram contabilizadas 300 mil mortes decorrentes da obesidade.

A obesidade mata por ano, cerca de 300 mil pessoas nos Estados Unidos, e quase 100 mil no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Hoje 97 milhões de americanos, mais de um terço da população adulta, estão acima do peso ou obesos. Estima-se que 10 milhões dessas pessoas sejam considerados Obesos Mórbidos.

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